A inflação oficial do Brasil subiu 0,48% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado marca uma aceleração após a deflação de 0,11% registrada em agosto. Com isso, o IPCA acumula alta de 3,64% no ano e 5,17% nos últimos 12 meses, ultrapassando o centro da meta perseguida pelo Banco Central.
O principal fator de pressão no mês foi a energia elétrica, que aumentou cerca de 10%, reflexo do fim do bônus de Itaipu e da volta da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Segundo o IBGE, o grupo habitação foi o que mais influenciou o índice, enquanto outros setores, como alimentação, registraram variação mais moderada.
O aumento da inflação preocupa porque impacta diretamente o custo de vida e o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda, que sentem mais o peso das tarifas de energia e serviços essenciais. Economistas avaliam que o resultado pode pressionar o Banco Central a rever o ritmo de cortes na taxa básica de juros, diante do risco de uma inflação mais persistente nos próximos meses.