O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a destituição dos advogados de Filipe Martins e Marcelo Costa Câmara, ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro, por não apresentarem as alegações finais no prazo determinado. Moraes afirmou que a postura das defesas teve "nítido caráter procrastinatório", configurando litigância de má-fé e tentativa de retardar o andamento da ação penal.
Com a decisão, a Defensoria Pública da União (DPU) passará a representar os réus, que são acusados de integrar o grupo que tentou manter Bolsonaro no poder após o fim do mandato. O caso faz parte da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe articulada por aliados do ex-presidente.
Após a decisão, Filipe Martins escreveu uma carta ao ministro solicitando a reintegração de seus advogados. A medida gerou debate no meio jurídico e político, com defensores argumentando que é necessário coibir manobras protelatórias e críticos questionando a forma como a destituição foi conduzida, sem prévia oitiva das partes.