Novos sinais de desaceleração econômica reforçam tendência de alta na reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme apontam as recentes pesquisas de opinião — um fator que pode pesar fortemente contra a reeleição, às vésperas do início do ano eleitoral. Dados oficiais mostram que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi revisada para baixo, de 2,3% para 2,2%, em razão da fraqueza na atividade econômica e dos impactos de juros elevados. Embora o desemprego continue baixo, a desaceleração no crédito e o arrefecimento da demanda indicam deterioração das expectativas de consumo.
Em meio a esse contexto macroeconômico mais frágil, a percepção negativa da população vem crescendo: uma pesquisa de 2025 da Genial/Quaest revelou aprovação de 41% e desaprovação de 56% à gestão — a maior rejeição registrada do mandato. Levantamentos de outros institutos corroboram o desgaste: a avaliação positiva oscilou entre 46% e 48% no último trimestre, em empate técnico com índices de desaprovação próximos. A deterioração do cenário econômico e o temor de “esgotamento dos dribles orçamentários” têm colaborado para alimentar esse movimento, que se soma a outros fatores críticos à popularidade do governo — como debates sobre segurança pública, despesa pública e inflação de alimentos.
Especialistas consultados por veículos de imprensa destacam que a combinação de estagnação econômica, inflação persistente e incerteza fiscal tende a minar o poder de compra e corroer a confiança dos eleitores. Com isso, eleitores que avaliaram o governo como “regular” ou “ruim/péssimo” têm aumentado. Isso fortalece o discurso da oposição e complica o panorama para 2026, quando a reeleição de Lula será disputada.
Se o quadro econômico não apresentar recuperação perceptível nos próximos meses, a tendência é que o desgaste político siga crescendo — transformando o receio de crise econômica em um dos maiores obstáculos eleitorais para o governo.