Caminhoneiros de diferentes regiões do país confirmaram uma paralisação marcada para o dia 4 de dezembro, movimento que ganhou força após semanas de insatisfação acumulada. A mobilização, segundo representantes da categoria, não tem viés político e busca chamar atenção para problemas que afetam diariamente os profissionais, como fretes baixos, jornadas extensas e falta de segurança nas estradas.
De acordo com organizadores, a categoria reivindica melhorias estruturais, incluindo atualização das regras de transporte de cargas, contratos mais claros e remuneração que acompanhe a realidade dos custos de trabalho. Outro pedido antigo voltou à pauta: a aposentadoria especial após 25 anos de contribuição, ou a possibilidade de comprovação por documento fiscal, o que facilitaria o acesso ao benefício. Apesar da adesão crescente, sindicatos afirmam que o movimento ainda enfrenta divergências internas sobre a forma de mobilização.
Especialistas alertam que, caso a paralisação tenha grande alcance, o país pode sentir efeitos imediatos no abastecimento e nos preços de produtos essenciais, cenário semelhante ao vivido na greve de 2018. Mesmo assim, caminhoneiros afirmam que não haverá recuo sem diálogo e medidas concretas do governo para atender às demandas mais urgentes.