A farmacêutica Eli Lilly do Brasil foi condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar R$ 300 mil à filha de um ex-funcionário exposto por anos a substâncias químicas tóxicas na unidade da empresa em Cosmópolis, no interior de São Paulo. Segundo as decisões judiciais, o homem trabalhou entre 1988 e 1995 em contato direto com produtos considerados altamente nocivos à saúde, sem a devida proteção, resultando em sequelas que ultrapassaram gerações. A filha nasceu com malformações graves associadas à exposição química do pai.
Do montante determinado, R$ 200 mil correspondem a danos morais e R$ 100 mil a danos estéticos. A decisão também obriga a empresa a fornecer plano de saúde vitalício, cadeira de rodas e custear todas as despesas médicas comprovadas da vítima, dada a gravidade permanente das sequelas.
O caso reforça o debate sobre a responsabilidade das empresas em garantir ambientes seguros a seus trabalhadores e evidencia como falhas na proteção podem resultar em consequências irreversíveis para famílias inteiras. A condenação, mantida pelo TST, é mais um marco no reconhecimento de danos tóxicos de longo prazo no ambiente de trabalho brasileiro.
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