O governo federal estuda acabar com a exigência de aulas em autoescolas para quem deseja tirar a Carteira Nacional de Habilitação nas categorias A e B. A proposta tem como objetivo reduzir os custos do processo, que hoje podem ultrapassar os quatro mil reais, e ampliar o acesso para quem não consegue arcar com todas as despesas. Com a mudança, o candidato continuaria obrigado a passar pelas provas teóricas e práticas, mas poderia escolher como se preparar, seja com estudo individual, aulas digitais ou até com instrutores autônomos credenciados pelos Detrans.
Especialistas acreditam que a medida pode baratear a CNH em até 80%, permitindo que mais jovens e trabalhadores tenham a oportunidade de se habilitar. Por outro lado, entidades de trânsito e representantes das autoescolas demonstram preocupação com a qualidade da formação dos novos condutores e com os riscos de aumento de acidentes caso não haja acompanhamento adequado. Também há receio de impacto econômico no setor, já que milhares de empresas e instrutores poderiam ser afetados.
O projeto ainda depende de regulamentação e não há data definida para começar a valer. Enquanto para muitos representa democratização e acesso, para outros é um passo arriscado que pode comprometer a segurança no trânsito.