Uma mulher australiana decidiu acionar a Justiça após afirmar ter se arrependido de procedimentos irreversíveis realizados durante um processo de transição de gênero iniciado ainda na juventude. Segundo o relato, a decisão foi tomada aos 19 anos, após uma única consulta psiquiátrica, quando recebeu encaminhamento para terapia hormonal e, posteriormente, autorização médica para cirurgias como mastectomia e histerectomia, realizadas entre 2010 e 2012, com consentimento familiar.
Anos depois, a paciente afirma que passou a questionar as decisões clínicas tomadas à época e move um processo contra o psiquiatra responsável, alegando que não houve investigação adequada, acompanhamento prolongado nem avaliação suficiente dos riscos físicos e psicológicos envolvidos. O caso levanta discussões sobre protocolos médicos, responsabilidade profissional e a complexidade das decisões relacionadas à saúde mental e identidade de gênero.
A disputa judicial ganhou repercussão na Austrália por envolver consequências permanentes e por reacender o debate sobre critérios, prazos e cuidados necessários antes da aprovação de procedimentos irreversíveis. Especialistas apontam que o caso pode influenciar futuras diretrizes médicas e decisões judiciais envolvendo situações semelhantes.
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Matéria desenvolvida pela VNT Notícias