Motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista entraram em greve na tarde desta terça-feira (9), recolhendo os veículos nas garagens e interrompendo abruptamente o transporte coletivo em diversas regiões de São Paulo.
O motivo da paralisação, segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo, é o atraso no pagamento do 13º salário e do vale-refeição de férias — benefícios que vinham sendo exigidos havia meses. A categoria alega que as empresas pediram um novo prazo para quitar os valores devidos, sem definir data concreta, o que provocou revolta entre os trabalhadores.
A paralisação afetou terminais e linhas em várias regiões da cidade, especialmente na zona norte e sul, causando transtornos imediatos para milhares de passageiros que dependem do transporte público no fim do dia.
Em resposta, a administração municipal, por meio da SPTrans e da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, registrou um boletim de ocorrência contra as empresas de transporte que aderiram à greve sem aviso prévio, e afirmou que os repasses à concessionárias estão em dia — dizendo que a responsabilidade pelos pagamentos é delas.
Enquanto isso, a mobilidade na cidade sofreu: a greve coincidiu com chuva e provocou um recorde de congestionamento em 2025, com mais de 1.374 km de filas nas ruas durante o início da noite.
Analistas e passageiros observam o episódio como um alerta para a situação dos trabalhadores do transporte público — após sucessivos atrasos, a interrupção do serviço expõe vulnerabilidades do sistema e a dependência de milhares de paulistanos por ônibus todos os dias.