O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados que o acusa de má gestão econômica e violação de responsabilidade fiscal.
A abertura da iniciativa foi feita por Fernando Francischini, presidente do partido Solidariedade no Paraná, no dia 24 de outubro de 2025. O documento aponta várias irregularidades, entre elas: desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, alterações na meta fiscal para 2025, prejuízos bilionários em estatais como Correios, e o uso de programas públicos sem registro adequado nas contas.
O pedido também critica o suposto “desprezo pelo erário”, mencionando gastos de R$ 4,58 bilhões com viagens oficiais no primeiro semestre de 2025, valor considerado superior ao somado nos quatro anos da gestão anterior. O governo, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre o procedimento até a publicação da denúncia.
É importante destacar que, apesar dos pedidos de impeachment acumulados, existem obstáculos para que o processo avance. Grupos parlamentares que apoiam o governo, especialmente o chamado “Centrão”, dão sustentação ao Executivo e podem barrar o prosseguimento do pedido. O avanço dependerá, além do mérito jurídico, de articulação política, aval no Congresso e possível pressão popular.
A movimentação faz parte de um ambiente político mais tenso, em que críticas à condução econômica e orçamentária do governo ganham força na oposição. O pedido proposto menciona que não se trata de “mero equívoco técnico ou divergência política”, mas sim de “um deliberado e sistemático atentado contra a Constituição Federal”.